Em 2025, o setor financeiro brasileiro vivencia uma revolução sem precedentes. O surgimento de plataformas digitais e o uso intensivo de dados estão transformando a gestão de ativos e o relacionamento com clientes de alta renda e varejo.
Este artigo explora o panorama completo dessa transformação, destacando tendências, números de mercado e desafios regulatórios que estão moldando o futuro do WealthTech no Brasil.
O Brasil se consolidou como o maior hub de inovação financeira da América Latina. Com mais de 1.700 fintechs em atividade em 2025, o país representa quase 59% das startups financeiras da região. Essa massa crítica atrai investidores globais e favorece parcerias estratégicas.
No primeiro trimestre de 2025, o Brasil concentrou 40% dos dez maiores aportes em fintechs da América Latina, evidenciando sua força como polo de tecnologia financeira.
Após um período de ajustes globais, o ecossistema brasileiro voltou a registrar alta nos investimentos. O primeiro quadrimestre de 2025 contabilizou 476 operações de fusões e aquisições, sendo o segundo melhor início de ano em M&A da história local.
O avanço das tecnologias está impulsionando novas soluções para consultoria financeira e administração de patrimônios:
Modelos como Bank as a Service e plataformas de planejamento 360° tornam a experiência do usuário mais fluida e completa.
Alguns indicadores revelam a maturidade do setor:
O Pix movimentou quase 60% a mais em 2024 versus 2023, enquanto a Selic a 12,25% ao ano motiva a busca por soluções eficientes de investimento.
As WealthTechs brasileiras ganham relevância no exterior. O Nubank, principal banco digital latino-americano, expande operações fora do país, levando know-how em pagamentos instantâneos e open banking.
Essa onda de internacionalização cria oportunidades para exportar modelos de negócio baseados em arquitetura digital escalável e adaptação a regulamentos globais.
O Banco Central e o Conselho Monetário Nacional têm liderado a modernização das normas. A consulta pública nº 117/2025 pode restringir o uso da palavra “banco” e impactar o branding de startups.
Além disso, a pauta sobre stablecoins e ativos digitais ganhou urgência, com diretrizes para garantir segurança jurídica e compliance no mercado de criptoativos.
O horizonte aponta para:
O mercado enfrenta alta competitividade e pressão regulatória, exigindo investimentos constantes em segurança cibernética e inovação.
Por outro lado, a inclusão financeira e a democratização do acesso a serviços de gestão patrimonial representam um universo de oportunidades. A atração de capital global e a internacionalização de soluções brasileiras podem elevar ainda mais o protagonismo nacional.
Em resumo, a WealthTech no Brasil está pronta para um salto qualitativo. A convergência de tecnologias, regulação favorável e um mercado cada vez mais exigente criam o ambiente ideal para novas plataformas de gestão de patrimônio, capazes de oferecer serviços personalizados, eficientes e seguros a usuários de todos os perfis.
Referências