Vivemos um momento único em que tecnologias emergentes cruzam fronteiras, remodelando a interação entre usuários e instituições financeiras. A fusão de ambientes físico e digital abre portas para um novo patamar de relacionamento, em que cada transação, cada simulação e cada atendimento tornam-se experiências verdadeiramente imersivas no setor financeiro.
A Realidade Aumentada (RA) sobrepõe elementos virtuais ao mundo real, criando uma rica camada de informação que pode ser acessada por smartphones, tablets, óculos inteligentes ou headsets dedicados. Diferentemente da Realidade Virtual, que isola o usuário em ambientes totalmente criados, a RA enriquece o cotidiano, agregando valor sem desvincular do espaço físico.
O setor financeiro está na vanguarda dos investimentos em RA. Projeções apontam para um crescimento anual de mais de 40% até 2030, à medida que bancos, seguradoras e fintechs buscam soluções para engajamento e automação.
Ferramentas como Unity e Unreal Engine, aliadas a algoritmos de IA e blockchain, viabilizam personalização extrema de serviços financeiros e garantem integração segura da realidade aumentada com sistemas legados.
Grandes instituições já testam ambientes virtuais para aproximar clientes e colaboradores de forma surpreendente:
ActivoBank lançou uma agência no metaverso, onde usuários completam quizzes sobre sustentabilidade e recibam recompensas em tokens internos.
Caixa Geral de Depósitos e BPI criaram agências em RA/RV com avatares de executivos que orientam visitantes em tempo real, tornando o atendimento mais humano e interativo.
O Banco dos Emirados Árabes Unidos implementou um app de RA em concessionárias, permitindo desbloquear promoções de leasing via geolocalização e câmera, aumentando a taxa de conversão no ponto de venda.
Além do impacto visual e do engajamento, a RA traz ganhos palpáveis para clientes e empresas:
Implementar RA em instituições financeiras exige enfrentar barreiras tecnológicas e regulatórias. É preciso garantir redes robustas, hardware compatível e políticas de privacidade alinhadas à LGPD e demais normas globais.
À medida que a indústria 5.0 ganha força, a junção entre inteligência humana, IA e tecnologias imersivas promete criar ambientes cada vez mais naturais. Dispositivos como o Meta Quest 3 e o Apple Vision Pro tendem a popularizar o uso de RA no dia a dia bancário.
Imagine visualizar cenários de aposentadoria com gráficos flutuantes na sua sala de estar ou discutir contratos com um consultor virtual projetado acima da mesa, guiando cada etapa por meio de visualização tridimensional de saldos e transações. Essas possibilidades transformam não só a jornada do cliente, mas também a forma como gestores e analistas detectam oportunidades e riscos.
Adotar RA nas finanças é mais do que acompanhar tendências; é um convite para redefinir o significado de serviço financeiro. Instituições que abraçam essas tecnologias não apenas melhoram a eficiência, mas também constroem relacionamentos duradouros e significativos com seus públicos.
Para usuários, ficar atento aos lançamentos e experimentar essas plataformas pode acelerar a alfabetização digital e financeira. O futuro já começou, e cada um de nós pode ser protagonista dessa revolução imersiva.
Referências
