No coração da revolução financeira, Bancos estão migrando da experiência digital tradicional para interfaces mais humanas e intuitivas. A voz, impulsionada por IA conversacional, transforma cada comando em uma interação semelhante a uma conversa com um gerente bancário.
Esse movimento, acelerado por fintechs brasileiras, posiciona o Brasil como um case global em finanças digitais. Hoje, clientes interagem por voz via apps, assistentes virtuais e até WhatsApp, inaugurando um novo patamar de conveniência e acessibilidade.
O Brasil registrou mais de 80% das operações bancárias em canais digitais em 2023, ante 54% em 2014. Esse avanço reflete a massificação do PIX, que alcançou 172,6 milhões de usuários em dezembro de 2024 (cerca de 75% da população), processando 57 bilhões de transações e movimentando US$ 3,8 trilhões no ano.
Como maior mercado de fintechs na América Latina, o país inova em IA, automação e personalização. Com a chegada obrigatória ao Open Finance em julho de 2025, instituições com mais de 5 milhões de clientes agregarão 220 milhões de relações financeiras, impactando 36 milhões de pessoas.
Investimentos robustos também aceleram essa transformação: o Mercado Livre/Mercado Pago destinou US$ 1,9 bilhão a inovação em 2024 e planeja mais de 15 recursos novos em 2025, parte essencial para a consolidação do banking por voz.
Assistentes com IA já permitem mais de 60 tipos de transações por voz ou texto, como consulta de saldo, pagamentos, transferências via PIX e depósitos instantâneos. A tecnologia entende comandos naturais (“Faz o Pix para João na quarta-feira”), tornando o uso diário intuitivo e eficiente.
No futuro, essa IA conversacional irá além de uma função operacional. Tornar-se-á uma consultora financeira personalizada integrada ao Open Finance, capaz de sugerir estratégias de investimento, explicar variações no score de crédito e orientar cada fase da vida financeira do usuário.
O banking por voz traz ganhos consideráveis em diversas frentes:
Apesar dos avanços, há barreiras a vencer. A confiança nos bancos para planos financeiros de longo prazo caiu de 43% para 29% em dois anos. Questões de privacidade e segurança exigem transparência e robustez tecnológica, enquanto a inadimplência das famílias atingiu 30,4% em agosto de 2025 (nível mais alto desde 2010).
O banco se reimagina como parceiro consultivo, não apenas guardião de recursos. Bancários, por sua vez, utilizam sistemas de IA para entregar aconselhamento eficaz e contextualizado.
Com a força de trabalho passa a ser orientada por dados e tecnologia, cada interação se transforma em oportunidade de agregar valor e fidelizar clientes.
O Open Finance promove agregação de dados de diversas instituições, criando uma visão única do cliente. A Circular 4.032 do Banco Central estabelece um faseamento que reduz riscos e permite adaptação gradual.
Bancos buscam diferenciação via plataformas integradas e novos modelos de monetização, explorando cada vez mais o interface de comando de voz.
O Mercado Pago lidera com um assistente que já executa mais de 60 funcionalidades por voz e texto, planejando orientar finanças completas via Open Finance. Grandes bancos, como Itaú, Bradesco e Banco do Brasil, desenvolvem assistentes virtuais e soluções de automação que respondem rapidamente a solicitações cotidianas.
Fintechs emergentes aceleram a mudança de comportamento, testando novos usos e promovendo a inclusão financeira em segmentos antes desatendidos.
O engajamento por voz no banking tende a se expandir com o avanço da IA e da regulamentação aberta. Veja as principais tendências:
O banking por comandos de voz não é apenas uma evolução tecnológica, mas uma mudança cultural na maneira de oferecer e consumir serviços financeiros. A voz substitui cliques e toques, simplificando processos e humanizando a relação entre cliente e instituição.
À medida que a tecnologia avança, integração total pelo comando de voz redefinirá papéis, democratizará o acesso e criará experiências personalizadas, marcando o início de uma era verdadeiramente conversacional no setor bancário.
Referências