No cenário contemporâneo, a segurança das operações financeiras sofre pressão constante diante de ataques cada vez mais sofisticados. A biometria surge como solução moderna, capaz de aliar conveniência e proteção, transformando a forma como acessamos produtos bancários e programas sociais.
Historicamente, as instituições financeiras adotaram métodos tradicionais de autenticação como senhas alfanuméricas e tokens físicos. Embora populares, esses mecanismos tornaram-se vulneráveis aos constantes avanços das fraudes digitais.
Com o aumento das transações online no Brasil, tornou-se imprescindível a busca por soluções que garantam maior segurança sem perder agilidade. É nesse contexto que a biometria ganha relevância e eficiência.
Atualmente, o mercado financeiro brasileiro explora diversas modalidades de biometria para reforçar a segurança dos processos de login e autorização de transações.
Essas tecnologias se complementam, criando múltiplas barreiras contra invasores e garantindo autenticação biométrica com alta precisão.
O Brasil destaca-se pela rápida adesão à biometria em diversas esferas, do governo ao setor privado.
Segundo dados da Serasa Experian, 82% dos brasileiros já utilizam alguma forma de autenticação biométrica, e plataformas como a Unico IDPay processaram R$ 9 bilhões em transações, evitando prejuízos no varejo de R$ 30 milhões.
Nos últimos dois anos, a implementação de biometria facial ajudou a “salvar” R$ 6,47 bilhões para a economia digital brasileira. Esses valores representam receitas recuperadas e operações legítimas que seriam bloqueadas por sistemas tradicionais.
Sem os recursos biométricos, estima-se que as fraudes no setor financeiro poderiam causar perdas de até R$ 51,6 bilhões anuais. Apenas em 2025, houve 2,8 milhões de tentativas de fraude, com impacto potencial superior a R$ 40 bilhões.
Em julho de 2025, a promulgação da Lei nº 15.077/2024 regulamentou o uso de dados biométricos para programas sociais, integrando a Carteira de Identidade Nacional e a CNH ao pagamento de benefícios.
A Caixa Econômica já possui biometria de 90% dos beneficiários do Bolsa Família, reforçando a confiabilidade dos cadastros e prevenindo fraudes em programas sociais. O Banco Central também exige mecanismos eficazes de autenticação, incluindo biometria, para operações financeiras.
O mercado global de biometria movimentou US$ 60 bilhões em 2025 e projeta atingir US$ 120 bilhões até 2029. Um dos destaques é a biometria comportamental, que analisa padrões de digitação, movimentação e navegação para detecção de fraude em tempo real.
Estimativas indicam que mais da metade das transações globais será autenticada por biometria até 2026, impulsionada pela expansão das fintechs e pela digitalização bancária.
Apesar dos avanços, criminosos aprimoram técnicas como engenharia social, deepfakes e inteligência artificial para burlar sistemas biométricos. A exposição de imagens faciais em redes sociais também facilita ataques.
Essas ameaças evidenciam a necessidade de atualização constante das contramedidas de segurança e políticas de privacidade transparentes na jornada do usuário.
A adoção de biometria reduz o número de falsos positivos, diminuindo transações legítimas recusadas que geram insatisfação em consumidores e prejuízos aos lojistas.
Além disso, a biometria facilita o acesso a serviços financeiros em regiões remotas, sem necessidade de deslocamento, e melhora a experiência de compra online, reduzindo o abandono de carrinho.
Com segurança reforçada contra phishing e vazamento de dados, o usuário ganha confiança e conveniência, enquanto as instituições otimizam processos e custos operacionais.
A biometria representa um salto significativo na autenticação financeira, mas não é solução única. A combinação com inteligência artificial, análise comportamental e educação digital dos usuários é essencial para enfrentar fraudes emergentes.
O Brasil se destaca como referência em adoção em larga escala, servindo de case internacional. Investir em tecnologias avançadas e manter políticas éticas de privacidade garantirá que o futuro da autenticação seja Seguro, Eficiente e Inclusivo.
Referências